sex. jun 6th, 2025

Basf do Brasil lança token próprio na mesma blockchain do Real Digital do Banco Central

Basf anuncia lançamento do token reciChain com foco em incentivar iniciativas renováveis.

Usando a mesma plataforma que o Banco Central do Brasil escolheu para os primeiros testes do Real Digital, o Hyperledger Besu, a Basf do Brasil, em parceria com o Grupo Solví, está lançando o token reciChain, o token está ligado a uma tonelada de algum tipo de resíduo sólido reciclável.

A ideia é criar uma ponte entre a cadeia da logística reversa e as empresas que podem usar matéria-prima reaproveitada na produção. Segundo reportagem do Valor, a empresa quer vender o reciChain para empresas que possuem metas de uso de reciclagem, algo como os tokens de crédito de carbono.

Com o dinheiro recebido com a venda dos tokens, a Basf seguirá investindo em iniciativas de economia circular. Os primeiros tokens do reciChain estão ligados à construção da Unidade de Triagem de Resíduo Sólido Urbano de Caieiras, em São Paulo. A planta é uma das dez que fazem parte do programa estruturante do Solví.

O reciChain tem um componente fungível, porque funciona como moeda em compras e vendas de unidades do criptoativo, e outro não fungível, pois cada token terá escrito no seu smart contract a que tonelada de material ele está atrelado e a origem desse material.

Segundo Fernando Henrique Diniz, responsável por economia circular e modelos de negócios da Basf, a ideia para o token surgiu da leitura de uma pesquisa da Abrelpe segundo a qual o Brasil gera mais de 80 milhões de toneladas de lixo por ano e recicla menos de 4% disso.

“Quando olhamos para a cadeia de consumo, um dos pontos que contribuem é a falta de infraestrutura no elo de triagem. Dentro da cadeia de reciclagem, a triagem é quem pega o lixo e separa o que é plástico, vidro etc”, destaca. “Hoje em dia, cada vez mais e mais se exige conteúdo reciclável em embalagens e materiais diversos. A demanda tende a aumentar muito.”

Tokenização

A tecnologia blockchain foi escolhida para a solução por sua capacidade de viabilizar uma ponte entre a cadeia da logística reversa e as empresas que podem usar matéria-prima reaproveitada na produção.

“Montamos uma plataforma blockchain e ela faz a conexão entre programas estruturantes, que são grupos, pessoas ou empresas que possuem projetos de infraestrutura, com quem quer que os materiais voltem para a cadeia produtiva. A conexão se dá por meio de tokens digitais”, aponta Diniz.

A emissão dos tokens ainda não ocorreu e depende da primeira empresa fazer o investimento nos tokens para comprar toneladas do material que deseja recuperar. Para a Basf, a criação do reciChain é um passo importante para o setor de ESG, uma vez que a economia circular é um dos pilares da sustentabilidade.

Fonte: Cointelegraph

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