qui. abr 25th, 2024

Brasil pretende usar blockchain para vender energia

O Brasil pretende vender energia usando blockchain. Isso porque a plataforma integrada de energia AES Tietê, em parceria com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), vem desenvolvendo o primeiro balcão organizado em blockchain no Brasil para comercialização de energia.

O projeto pioneiro é liderado pela Fohat, companhia curitibana de energy intelligence.

O Projeto

O “Projeto AES Tietê de Energy Intelligence” vem sendo desenvolvido desde o ano passado. Assim, seu objetivo é viabilizar a operação do balcão organizado de comercialização de energia.

Além disso, seu grande diferencial é ser um ambiente digital que permite a compra e venda de energia com a existência de uma contraparte central.

Assim, para garantir a custódia e a liquidação de contratos bilaterais de energia entre compradores e vendedores, será usado um contrato inteligente em blockchain.

Compra e venda de energia

Hoje, a compra e venda no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL) acontece no modelo não organizado, isto é, sem a presença da contraparte central.

Isso pode gerar fragilidade na contratação bilateral, dando margem à baixa liquidez e baixa transparência. Por outro lado, limita a expansão diante do iminente crescimento do Mercado Livre de Energia.

Portanto, nesse caso, o projeto permitirá a agentes do mercado comercializar energia por meio de um balcão organizado com solidez, segurança e escalabilidade, usando blockchain.

Mercado Livre

Segundo a empresa, a proposta é criar um Mercado Livre de Energia no Brasil. Desta forma, o cliente consumidor poderá comprar energia elétrica diretamente dos geradores ou comercializadoras no ACL.

Hoje, a contratação no ACL já corresponde a mais de 30% do mercado brasileiro em volume de energia.

Esse mercado está em um movimento crescente de abertura, com previsão de se tornar totalmente livre em 2028, conforme meta da Aneel.

“Além de segurança financeira, nossa plataforma garantirá também a confiabilidade de dados e altos volumes de energia transacionados, graças à integração entre as ferramentas de inteligência financeira e registro de contratos criptografados por meio da aplicação de blockchain”, explica o CEO da Fohat, Igor Ferreira.

A meta da Fohat e das empresas no projeto é integrar outras soluções desenvolvidas pela AES Tietê, como Usinas Virtuais de Energia (VPPs) a esse balcão organizado.

I-RECs

Além disso, em um trabalho conjunto com a Energy Web Foundation (EWF), o projeto possibilitará a emissão de certificados de energia renovável (os chamados I-RECs) através da plataforma.

Vale ressaltar que o Brasil é o 2º maior emissor de I-RECs do mundo. Já que atingiu a marca de 500 mil certificados emitidos (equivalente a meio milhão de megawatt hora) no primeiro semestre deste ano. Em primeiro lugar vem a China, de acordo com o REC Market Meeting.

Como afirmou o diretor de Relacionamento com o Cliente e Inovação da AES Tietê, Rogério Jorge, a parceria é um importante passo. Pois corrobora a estratégia de digitalização e inovação da empresa.

“Trabalhamos por diferentes frentes para antecipar as principais tendências do mercado de energia para nosso cliente. Cada vez mais vemos soluções disruptivas tomando o segmento. Por isso, buscamos estar sempre à frente com projetos pioneiros que possam, no futuro, agregar valor ao nosso negócio.”

 

Fonte: CriptoFácil

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