seg. maio 6th, 2024

Especialista brasileira fala sobre importância da blockchain no mercado de seguros

A edição nº 26 da Revista Brasileira de Risco e Seguro (RBRS) conta com um artigo que fala sobre a importância da tecnologia blockchain no mercado de seguros, escrito por Raquel Fernández dos Santos, atuária membro do Instituto Brasileiro de Atuária.

Santos explica de forma detalhada como aplicar a blockchain no mercado de seguros pode ser benefício, citando contratos inteligentes, hash e prova de trabalho – bem como mencionando possíveis problemas.

Benefícios para o segmento de seguros

Santos destaca que a tecnologia blockchain pode apresentar inúmeros benefícios por meio de sua utilização. De acordo com uma listagem feita pela atuária, os benefícios são:

  • Redução de custos;
  • Redução de etapas no processo de pagamento;
  • Contratos inteligentes;
  • Seleção de riscos e precificação;
  • Redução de fraudes e gerenciamento de sinistros.

 

Ela então trata sobre a questão da confiança sobre as informações armazenadas em uma blockchain, afirmando que “uma vez que, validadas e anexadas à cadeia de blocos, não podem ser alteradas sem o consentimento da maioria dos computadores da rede”.

A atuária então explica que a segurança da blockchain é mantida pelas hashs, geradas a cada bloco. Mencionando hash, ela passa então a abordar a prova de trabalho, explicando os conceitos básicos do que é.

Após explicar o conceito de contratos inteligentes, Santos explica como a tecnologia blockchain pode tornar o trâmite nas seguradoras mais fácil:

“Como a blockchain tem a capacidade de amenizar algumas dificuldades operacionais, agilizando os processos de negócios e aumentando a confiança neles, essa tecnologia tem o potencial de tornar o trabalho das seguradoras menos custoso e também contribuir para a mitigação de riscos operacionais de setores segurados para realizar rastreamento de remessas, empréstimos, negociações etc.”

Desafios

Santos ressalta também as dificuldades de aplicação da tecnologia blockchain no ramo de seguros. Segundo ela:

“Em termos regulatórios, as seguradoras precisam então garantir que dados pessoais de clientes contidos na blockchain estejam em conformidade com as normas vigentes de privacidade e proteção de dados, como GDPR, na Europa, e LGDP, no Brasil. “

A atuária também ressalta como problemas a possibilidade de ataques 51% em redes privadas de seguradoras, bem como a necessidade de entidades reguladoras estarem presentes em diferentes redes privadas para inspecionar as atividades das empresas. A dificuldade de apagar dados de assegurados, mantendo a privacidade dos mesmos, também foi apontada no artigo.

Por fim, ela afirma que o uso de blockchain sem criptografia, protocolos de consenso e uma rede peer-to-peer “perde grande parte das características que fizeram com que ganhasse sua credibilidade no mercado: descentralização, transparência e segurança”.

 

Fonte: CriptoFácil

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