Reino Unido vai promover cúpula global sobre Inteligência Artificial
O governo britânico pretende discutir o desenvolvimento e a utilização com segurança da IA, analisando os riscos e discutindo o modo como estes podem ser mitigados por meio de uma ação coordenada a nível internacional.
O Reino Unido organizará uma conferência sobre Inteligência Artificial (IA) em novembro para promover um consenso sobre o uso seguro da tecnologia com a participação de governos, empresas e especialistas. “Para aproveitar plenamente as extraordinárias oportunidades da IA, devemos perceber e enfrentar os riscos para garantir que ela se desenvolva com segurança nos próximos anos”, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
O governo britânico pretende discutir o desenvolvimento e a utilização com segurança da IA, analisando os riscos e discutindo o modo como estes podem ser mitigados por meio de uma ação coordenada a nível internacional. “Os modelos avançados de IA têm um enorme potencial para impulsionar o crescimento econômico, impulsionar o progresso científico e proporcionar benefícios públicos mais amplos, ao mesmo tempo em que representam potenciais riscos de segurança se não forem desenvolvidos de forma responsável”, diz o comunicado do Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia.
O Reino Unido tem procurado se tornar uma potência nesta área e já tinha promovido uma reunião, que teve um caráter inédito, a respeito da temática no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em julho, no âmbito da presidência britânica do órgão.
Na ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para os potenciais riscos e impactos da tecnologia, a qual se referiu ter um imenso potencial para fazer o bem e o mal numa escala maciça. “Em relação à segurança, a IA está sendo cada vez mais usada, incluindo pelas Nações Unidas, para identificar padrões de violência, monitorizar cessar-fogos ou reforçar a manutenção da paz, a mediação e os esforços humanitários”, afirmou Guterres.
Mas, Guterres ainda apelou pela criação de um instrumento vinculativo até ao final de 2026 para proibir os sistemas autônomos de armas letais que funcionam sem supervisão humana e sugeriu o desenvolvimento de uma entidade da ONU que ajude a maximizar os benefícios da IA e a reduzir os riscos, similares a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) ou do Grupo de Especialistas da ONU sobre o Clima (GIEC).
A mídia do Reino Unido também revelou sobre o interesse de Sunak que um futuro regulador mundial sobre esta matéria seja sediado em Londres.
A IA é o termo geral para designar qualquer tipo de processo automatizado que usa algoritmos para produzir, manipular ou sintetizar dados.
Fonte: Diário de Pernanbuco