Todos as TVs do Brasil vão ganhar registro em blockchain, com nova solução da Eletrobras

Todos os eletrodomésticos do Brasil, incluindo geladeiras, fogões, ar condicionado, televisores, entre outros, ganharam um registro que será integrado com uma solução em blockchain desenvolvida pela Eletrobras.

A instutuição pública, por meio do ministério de Minas e Energia, publicou um edital para a contratação de uma especializada para o desenvolvimento de um sistema em blockchain para o Selo Procel de Economia de Energia.

“Simplificando o processo de concessão, trazendo controle, transparência e auditabilidade, ao mesmo tempo que aumentem a segurança e garantam sua autenticidade”, destacou o edital.

A Eletrobras destaca que o Selo Procel tem como finalidade ser uma ferramenta simples e eficaz que permite ao consumidor conhecer, entre os equipamentos e eletrodomésticos à disposição no mercado, os mais eficientes e que consomem menos energia.

Neste contexto a Eletrobras aponta que a chamada Transformação Digital tem impulsionado novos modelos de negócios e, em especial, novas maneiras de se disponibilizar serviços públicos.

“Nesse sentido, o Procel vem trabalhando para melhorar o processo de registro, avaliação e emissão do Selo Procel, buscando a interoperabilidade com parceiros como Inmetro, laboratórios, organismos de inspeção, fabricantes, associações e pesquisadores, com o objetivo de estimular a disponibilidade, no mercado brasileiro, de equipamentos cada vez mais eficientes, com foco na redução do consumo na ponta, sem perda de qualidade dos serviços oferecidos. Administrar a governança dessa rede compartilhada de forma a garantir a disponibilidade e unicidade das informações entre esses diversos participantes é de extrema importância para que os processos sejam efetivos”, destaca.

Eletrobras e blockchain

Com o emprego da tecnologia Blockchain, a Eletrobras espera diminuir drasticamente a burocracia de tais processos, restringindo-se às informações de fato necessárias, além de aumentar a segurança, a confiabilidade, a auditabilidade e a transparência, reduzindo o tempo, o custo das transações e a necessidade de intermediação.

“Uma vez que os Selos estejam adaptados à plataforma, novas funcionalidades podem ser criadas gradativamente, como a certificação de novos equipamentos e categorias, a avaliação de equipamentos e edificações em uso, o acompanhamento do seu ciclo de vida, o correlacionamento facilitado entre os dados provenientes de cada certificado e o cômputo de eficiência”, destaca a Eletrobras no edital.

Além disso a autarquia pretende, no futuro, aliar a plataforma a utilização de dispositivos IoT (internet das coisas) como sensores integrados ao sistema para aferições de equipamentos e conscientização do usuário com interfaces de resposta pelo lado da demanda (Demand side response).

“Ademais, além de prover ao consumidor informação fidedigna, adequada e confiável, vislumbra-se ainda outros potenciais benefícios, como melhoria de imagem pública associando-se ao Procel esta abordagem de vanguarda tecnológica”, justifica.

Blockchain para garantir mais eficiência

Com a adoção de sistemas baseados na tecnologia Blockchain  a Eletrobras espera ter uma economia de tempo desde o pedido até à concessão do Selo Procel ao demandante; uma economia de custo com a diminuição de supervisão e eliminação da duplicação de esforços; maior segurança com os recursos de antiadulteração e o controle dos acessos.

Além disso espera maior transparência com a possibilidade de auditoria em tempo real; escalabilidade para entrada dos participantes, permitindo a entrada de novas instituições e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e controle de todo o processo e garantia de que o registro passou por todas as fases legais.

Embora não tenha especificado qual blockchain pretende usar, a Eletrobras destacou que deseja a construção de uma rede permissionada e que permita:

• Monitoramento das várias organizações e adição de novas organizações participantes da rede;
• Monitoramento das instâncias (máquinas virtuais) participantes da rede Blockchain;
• Inclusão e upgrade de contratos inteligentes na rede Blockchain;
• Configuração da regra de hierarquia e consenso entre as organizações;
• Também se faz necessária a utilização de serviços de apoio técnico especializados em base de dados de registros distribuídos do tipo permissionada para realizar a correta execução de atividades do projeto, que serão mensurados em Unidades de Serviço Técnico (UST), que compreendem planejamento, criação, desenvolvimento, manutenção e testes no ambiente de base de dados de registros distribuídos. Como primeiro projeto, entendeu-se que o ideal seria a utilização dessas USTs no desenvolvimento de sistema em Blockchain para o Selo Procel de forma a trazer maior controle, transparência e auditabilidade a todo o processo.

Fonte: Blockinfo